terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Da serie papo de Homem - Futebol!!!

Ouvi dizer que esse espaço virtual no qual coloco meus textos é um pouco sensível demais -  Na verdade falaram assim : “ Cara*** meu,  p*** textinho de viado esse seu heim!” hauahuahua. Sem preconceitos contra os homossexuais, ou ao modo que pensam ou agem, tanto da minha quanto da parte de quem falou, isso eu garanto! O que ele quis dizer é que precisava dar uma entonação mais voltada aos indivíduos de poucos neurônios e muita testosterona... Os machos! Raça anterior a dos homens... hauhauha
Resolvi topar o desafio subentendido e vou falar sobre papo de homem... ou seja, futebol, mulher e rock and roll (isso é refrão de uma musica do velhas né?).
Começa aqui um serie em 3 posts, no qual tentarei expressar meu ponto de vista e não compreensão da santíssima trindade machista!!!


Futebol


P*** que pariu!!!! Porque pra falar de futebol tem que começar com palavrão!
Paixão Nacional! Perde só pra bunda no quesito preferência nacional, ainda pelo menos.
Não faço idéia do numero exato de pessoas que existem no pais, mas tenho certeza que esse numero é igual ao de técnicos da seleção brasileira espalhados porai... e que o numero de “experts” nesse assunto  é só um pouco inferior.. hauhauha
Todo mundo que gosta, tem escalação do time e argumentos pra colocar fulano ao invés de cicrano no ataque...
As crianças ou torcem pelo time dos pais, ou para os times rivais, só pra provocar... tem as mulheres que trocam seus times conforme mudam de parceiro... (tenho provas disso - hauahuaha) o critério pra escolha é variado, pode ser o time que mais estava ganhando na sua infância, pois nenhuma criança gosta de perder, ou  aquele que tinha as cores mais legais!
Uma coisa é fato, independente do modo de escolha, em algum momento alguma coisa acontece com a gente e essa escolha ganha uma força, a força de fazer parte de um grupo talvez, uma coisa que dá orgulho e te faz vibrar, me te move há um passeio de montanha russa por todos os sentidos possíveis!
Pronto! Esta criado um torcedor! Daqueles que põe a camisa e vão pro estádio, que compram jornais de esporte e assistem a todos os programas cheios de “mershandising” com apresentadores que beiram o comigo e o estúpido propositalmente passando informações precisas (ou não) sobre seus times em forma de debate!
Tentarei ser imparcial aqui, mas todos sabem que sou corintiano, e é ai q toda a coisa complica!
Nesse momento muitos torceram o nariz e outros tantos disseram ”Vai Curinthians”! Já tá todo mundo dividido!
Esse paradoxo é o que menos entendo. Todo mundo sabe que o futebol só tem graça por ser um jogo, uma disputa, que sem o outro time não teria a menor graça e mesmo assim acabam nutrindo um ódio, raiva ou desgosto pelos outros. Isso é patético!
Lógico que existem os arqui-rivais, pois só assim criamos heróis, mas não podemos esquecer que do outro lado existem outros heróis para outras pessoas, e isso é só uma batalha combinada... como um “supercats”. Entendam por combinada não como jogos combinados, mas sim como fato de que após o jogo ninguém que esta dentro de campo é inimigo de ninguém, e o mesmo deveria acontecer fora dele!
Uma das coisas mais absurdas que vejo em uma sociedade é o fato de um individuo se desentender e chegar ao ponto de vias de fato com outro individuo pelo simples fato que a cor de suas camisetas é diferente. Porque no final é só por isso que eles brigam. Já que o propósito dos dois times é somente ser o melhor possível e assim melhor que o adversário proporcionando um espetáculo para os que estão assistindo! Ou seja! O objetivo dos dois é o mesmo, eles estão do mesmo lado... São os mesmos ideais, a diferença é só a cor ou escudo que representam!
Se eu disser que fiquei feliz em ver o Romário dar um elástico no Amaral e marcar um golaço contra o Timão vou estar mentindo, mas gostei do que vi! Foi bonito, plástico, coisa que só ele pode fazer! (Sim, também sou Romário Futebol Clube).
O mesmo sei que dirão, os santistas que apreciam o verdadeiro futebol, quando mencionarem o gol de placa feito pelo Marcelinho Carioca no Caldeirão da vila, ou também nos corintianos ao falar das pedaladas de Robinho pra cima do Rogério na final do Brasileirão ou ainda as pinturas criadas pelo Ronaldo Fenômeno no quadrangular final do Paulistão do ano passado! Ou o mais recente gol de letra feito pelo Robinho na sua reestreia pelo Santos diante do São Paulo. Gol pra ficar na memória de santistas com saudosismo, pelos são paulinos com tristeza e pelos demais com admiração pelo espetáculo!
Sou corintiano de alma e coração, daqueles absurdamente apaixonados, mas consciente. Digo consciente, pois sei que é uma disputa, e nem sempre se ganha. Que por mais que sejamos bons às vezes, só às vezes, alguns, poucos, são melhores que nós! E que principalmente é um jogo! Ou seja, depende de sorte! Nem sempre o melhor vence! Merdas acontecem! E eu não preciso descontar minha frustração por não ter sido um bom dia ou nos depararmos com uma equipe mais bem preparada ou mais sortuda ou mesmo o fato de ter dado uma mãozinha pra outra equipe... rsrsrs... nos rivais... ou mesmo no time... é ridículo! Radicalismo também é broxante! Gosto da cor verde, e isso não muda o fato de eu ser corintiano. E daí que é a cor do Palmeiras? Não to usando o escudo dos caras! É só uma cor! Desencana né! E tem quem não agüenta a tiração de sarro? Então não torça! O legal é isso! Eu tiro sarro dos outros porque sei que quando ganharem do timão, se ganharem, vão tirar uma onda comigo também...  faz parte!
É isso que da toda a magia pro futebol, que faz cidades como porto alegre e campinas se dividirem em duas...Ou lotar o brinco de ouro para um Bah-Vi jogando pela terceira divisão do campeonato nacional.
Futebol é arte, é gol! É uma alegria contagiante e o coração pulando pra fora... É se sentir fazendo parte de um time, dizendo “a gente vai ganhar essa fácil”, sem nem mesmo estar no mesmo país que seu time vai jogar!
Futebol é jogar descalço na rua tabelando com a parede, e ver o craque do seu time fazer a mesma jogada no estádio lotado, só que no lugar da parede tem as pernas de um adversário, é discutir a escalação da seleção como se fosse a maior autoridade do assunto no planeta! É vaiar o jogador por um passe errado ou um frango tomado e pedir a cabeça do c**** pro técnico e pouco depois gritar o nome dele como um louco quando ele marca um golaço ou pega um pênalti logo na seqüência!
Futebol é um emaranhado de emoções que nos unem e nos separam, mas que não deviam em momento algum colocar uns contra ou outros!

Amizade...

Nossa!!! Tinha perdido a noção de quanto tempo não passo poraqui!!!!
Não vou me desculpar porque já havia dito que não manteria uma periodissidade... kkkk
Passei um tempo concentrado em outras, e nada do que escrevi nesse tempo pode ser colocado aqui...=P
segue um texto que tava meio parado poraqui... fala sobre amizade....

Falando sobre tanta coisa, com tanta gente, e ouvindo Oswaldo Montenegro, me peguei apensar na amizade.
Amigos. Uma gente tão confusa como nós mesmos, cada um com suas manias, qualidades e defeitos, assim como nós. Aparecem quando menos se espera, e as vezes se afastam da mesma forma que chegaram.
O entendimento de amizade é um pouco diferente entre as pessoas. Alguns acham q amigo, mas amigo mesmo é aquele vai te dar o ombro pra chorar, outros que é aquele que vai te por pra cima. Tem aqueles que acreditam que amigo é o que vai estar ali nas horas ruins... Outros que acham q amigos estão na alegria... Eu acho que tem vários tipos de amigos!
Tenho amigo pra hora que o bicho pega mesmo, aqueles que eu sei que posso ligar chorando as 3:30hr  e eles não vão me deixar sozinho... Mesmo que eu queira. Também tenho aqueles que servem de orientadores, sabe, quando  estamos precisando de conselhos, de um norte, tem sempre um amigo q serve pra isso... Tem aquele também que serve pra botar a moral pra cima... Papo cabeça com esse não rola, é pra dar risada e esquecer dos problemas mesmo.  Tem os intelectuais, aqueles que você sabe q só vão te acrescentar culturalmente, ideal pra companhias em teatros exposições e aquelas duvidas na matéria de filosofia.
Tem também os de balada. Sabe os melhores lugares e se diverte como ninguém, com eles a noite ta garantida. Enfim, nem vou continuar enumerando porque são muitos, mas o engraçado disso é que o cara que pra você é um amigo cabeça, pra outro pode ser o orientador, ou sei lá qual.
Eu mesmo sei que sou o cabeça pra uns, orientador pra outros, o da balada pra outros ainda... Sei lá, existem varias visões. Cada um te vê como a relação começou ou o rumo que ela foi tomando e etc.
O que me fez pensar foi justamente isso... Esse lance de sermos tipos de amigos diferentes para diferentes pessoas. Me da uma impressão de que as pessoas só conhecem um lado de nós... Tenho muitos amigos pelos quais tenho um respeito e admiração, mas não tenho o conhecimento nem da cor preferida dele, já outros q guardo os segredos mais íntimos, amigos que foram muito, mais muito importantes no passado e que hoje não representam nada pra mim, outros que surgiram ontem, mas que já tem importância vital pra mim.
Amigos que fazem falta,  que por distancia física ou caminhos diferentes não fazem mais parte do meu circulo de convivência, mas que nem por isso deixou de ter um lugar dentro do meu peito.
Pessoas que acreditava serem grandes amigas, mas se mostraram indignas da minha lealdade e admiração.
Nisso penso. O que faz uma pessoa passar do nível de conhecido para colega e de colega para amigo?
Como damos essa classificação? Criamos essa intimidade, ganhamos essa classificação de alguém?
É uma relação meio simbiótica, q nem sempre parte de uma troca, mas que vale muito a pena.
Sempre tive muitos conhecidos (quem me conhece sabe q me enturmo muito fácil) uma infinidade de colegas, e uma quantia considerável de amigos. Mas alguns são diferentes dos outros, mais íntimos, mais presentes... Tem alguns com os quais a afinidade vai muito além de qualquer coisa... E tem os que chamo de Família... A que o criador me permitiu escolher... Esses são diferentes.
São os que tenho a liberdade pra ser tudo ao mesmo tempo, o orientador,  da balada, o que dá o ombro, o quem coloca pra cima, ou simplesmente o q se senta ao seu lado e passa com você um bom tempo sem fazer nada junto e isso é ótimo!
Se perguntarem pra mim o que desejo para o filho que ainda não tenho responderei que desejo que tenham pelo menos um amigo como tive a felicidade de ter alguns. Que ele seja leal a essa pessoa e entenda que ela vai decepcionada-la as vezes, e que ele vai decepciona-lo também... e que isso deve ser irrelevante no final das contas.
Que ele possa saber que na pior das hipóteses, mesmo quando eu faltar, ele vai ter alguém tirando sarro dele, ou xingando ou brigando, mas ainda sim ao seu lado.

Aos meus amigos de hoje, obrigado por estarem aqui agora. Os de ontem, foi importante te-los na minha vida, já disse aqui que o que sou hoje se deve as experiências que tive, e foram vocês que me proporcionaram elas. Aos de um dia só, pena não terem continuado mais um poço na minha vida, mas valeu mesmo assim. Aos distantes, calma... A gente ainda se encontra, e você vai ter que me colocar tudo a par... rsrs. A “família”... Não tenho o que dizer a não ser obrigado por me entenderem como sou e serem quem são!

Beijos e Abraços!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Esse Flerte é um Flerte Fatal!

Seguindo o gancho de escrever sobre o que leio, (estou lendo, dinovo, uma coletânea da comedia da vida privada) e aproveitando mais uma discussão interessante que venho tendo com uma amiga muito querida falarei sobre o flerte.
A parte mais interessante de todo relacionamento e de onde ele jamais deveria ter saído, ou pelo menos permanecido.(Mesmo que junto com as outras etapas) é nessa fase que o frio na espinha é recorrente, as conversas tem duplo sentido (e os dois lados são legais), as intenções são postas a prova, o jogo de sedução acontece, enfim, é ai que a coisa toda se dá. Desde o mais singelo “Eu te amo” até o mais fervoroso tesão animal. É a dança de acasalamento do bicho homem, onde homens acham que escolhem quando na verdade só estão se mostrando para serem escolhidos e vice-versa.
È aquela sensação, do “Será que vai me ligar?” ou então ”Será que ligo?” , onde geralmente ligamos quando não deveríamos e deixamos de ligar quando era a hora certa. (risos)
É o tentar descobrir o outro, o tornar-se intimo, ou o mais próximo disso que for possível. Quando falamos não só o que gostaríamos de ouvir mas também o que sabemos que o outro quer e por isso vai surtir o efeito que desejamos.
O flerte nasce naquela cruzada de olhares que até então não se olhavam e que agora brincam de gato e rato... num desvia olho e olha que não tem fim. É quando nos exibimos mais, enfrentamos nossos medos só para não parecermos fracos, valorizamos nossas qualidades e camuflamos nossos defeitos, (onde geralmente está o maior erro) tudo para se mostrar aptos ou dignos da companhia do outro.
Ele geralmente se perde quando a coisa começa a ficar “seria”, pois vemos o flerte como uma brincadeira, (o segundo maior erro dos relacionamentos) e achamos que agora que há um acordo entre as partes para ficar juntos, o lance da conquista deixa de ter a importância devida. Faço minhas as palavras do poeta, que dizia: “...O Importante não é conquistar varias mulheres, mas a mesma mulher varias vezes.” (piegas eu sei).
O flerte é fundamental na vida de todos. E quando não temos mais isso no relacionamento, muitas vezes é o estopim das traições.(tai uma boa desculpa pras puladas de cerca) O desejo da conquista, o lado animal predador do ser humano posto de lado devido as formalidades da sociedade. Uma burrada que muita gente acaba cometendo, colocando, por muitas vezes, tudo a perder.
Para os que tem algum tipo de acordo monogâmico fica a dica, mantenham o flerte, a conquista, ou mais cedo ou mais tarde, um balcão de bar pode ser seu lugar. Para os demais, flertem, mesmo que o flerte não seja concluído, a pratica só acaricia o ego e desenvolve a sensação das pequenas doses de felicidade.

Bibliografia.

No ultimo post, fiz uma nota sobre um livro, e me liguei que muito do que escrevo sofre total influência sobre o que escrevo e a partir daí decidi escrever sobre o que leio, pra ver se consigo fazer com que alguém me entenda. (risos)

Se você está na frente de um computador lendo o que me dispus a escrever, com toda certeza você gosta muito mais de ler do que eu, (mais risos), o que me faz pensar que você tem o costume de ler qualquer coisa que aparece na sua frente, e logo, já deve ter lido um bom numero de livros. Eu também tenho esse ótimo hábito, (talvez, o único bom hábito que tenho) mas alguns livros tem um significado muito maior na minha “forma de ver as coisas”.

Meu primeiro grande livro, “Profecia Celestina”, me foi apresentado e emprestado por um amigo agora distante. O modo que ele apresentava sua teoria sobre os acontecimentos me pareceu perfeita e me deu um novo modo dever quase tudo ao meu redor. Se o cara fundasse uma igreja, eu ia junto, de tão envolvido que fiquei, e depois do êxtase realmente absorvi muita coisa do livro para o meu cotidiano e a forma de lidar com as coisas. Um adolescente que conseguiu ver a luz... (só quem leu o livro entende essa ultima parte)

Antes eu tive uns livros importantes também, como “Capitães da Areia” e “Feliz Ano Velho”, mas livros impostos pela escola apesar de serem ótimos, não contam.

Depois vieram Aguatha Cryste, e minha curiosidade pelo ser humano aumentou drasticamente, bem como me tornei um detalhista em muitos sentidos... e abslutamente relapso para outros, já diria Sherlock Homes a seu fiel escudeiro Watsom, outra obra que li e seqüência completa quase. A bibliografia de Paulo Coelho também freqüentou muito minha cabeceira de cama e onze minutos junto com o penúltimo livro da seqüência GMG são as melhores descrições do ato de fazer amor que já vi.

GMG – Guia do Mochileiro das Galáxias – foi uma graça que recebi das mãos do irmão Mauricio (hauhauhauhuaha), a unica Trilogia de quatro livros com um livro adjacente que existe, o único livro que tem a frase mais tranqüilizadora do Univero, “NÃO ENTRE EM PÂNICO!” em letras garafais no seu verso. A descrição mais perfeita da sociedade, da economia e das questões filosóficas do mundo.

Li cinco livros em uma semana e meia, absolutamente intensa a imersão na filosofia de Douglas Adans, mas ainda sim reconfortante.

Livros que me fazem pensar... que me mostram um novo modo de ver tanta coisa.

Minha mais recente descoberta, “A Insustentável Leveza do Ser” que me foi apresentada por uma outra grande descoberta, ainda está sendo digerida, mas já me esclarece tantos outros pontos escuros nas sombras da minha mente, kitsh, pesos que damos as coisas e o modo como buscamos sempre uma repetição para muita coisa.

Sobre o modo como escrevo, a influencia é feita, pelas crônicas de Mario Prata e luiz Fernando Veríssimo (nos quais me inspiro apenas, sem a menor pretensão). Sempre fui fã de suas crônicas, seus livros são os poucos que consigo ler mais de uma vez. O modo como consegue descrever as coisas, como um tigre na biblioteca ou sentimentos e pessoas é incrivelmente deliciosa. Suas loucuras e devaneios completamente compreensíveis e um boêmio como Badaró, o mais bom moço do planeta e o maior anti-heroi da literatura brasileira. Ainda ontem, por não estar com nenhuma novidade nas mãos, me coloquei a ler as “Comedias Da vida Privada”e acabei voltando a escrever depois de mais de um mês sem conseguir colocar nada na ponta dos dedos.

Quem é mais sentimental que eu?

Olá dinovo.

Depois de um tempo em bloqueio mental, e um retiro espiritual pra colocar as coisas no lugar (ultimamente minha cabeça não tem funcionado direito) tô de volta. Não sei se isso é bom ou ruim, mas enfim, a vida é assim mesmo. (risos)

Situação do momento: ouvindo Los Hermanos, (calma, não tem nenhuma faca por perto), tá tarde (o que pra mim não significa muita coisa) acabei de ver um filme nacional bem bacana, com um cigarro na boca (hábito que pretendo largar dinovo em breve) e um turbilhão de idéias. (às vezes acontece)

Ouvi recentemente, em um papo com um possível detentor de subsídios que arcariam com meus honorários, uma analise sobre meu blog (é, esse espaço que você está lendo agora). Foi a primeira Critica que ouço de uma pessoa que não teria o menor problema se me magoasse, afinal ele não me conhecia e tava pouco importando se eu ia ficar de mal com ele ou não. Minha surpresa foi quando ele disse que meu blog era “sentimental”, “não mela cueca” ele salientou na seqüência, queria dizer que meus temas abortavam as pessoas e seus sentimentos.

Gostaria de agradecer, pois se é essa a idéia que ele passa, é sinal que tenho alcançado meus objetivos. Pois são justamente os sentimentos as coisas que menos entendo,e o próprio nome do blog já diz do quero falar.

Tem coisa mais incompreensível, estranha e misteriosa que o sentimento?

É a única coisa que conheço, além da fé, que não faz sentido nenhum e ainda sim é absolutamente necessária ao ser humano.

Sentimentos vão de encontro e ao encontro do nada e chegando a lugar nenhum muitas vezes, e na maioria delas também se escondendo da razão.

Racionalidade e sentimentos são praticamente heterogêneos, logo raciocinar sobre pensamentos é uma puta perda de tempo e que me faz pensar em procurar outra coisa pra escrever (risos). E como nada me vem a cabeça, vou continuar com sentimentos mesmo.

Sentimentos opostos tem uma linha tênue entre eles, como o “odeio te amar” ou “amo de te odiar” (Freud explica)

Ele explica e eu realmente continuo sem entender, como o todo ser humano muitas vezes não consegue mostrar quem realmente é, justamente pra quem seria mais importante saber. Como se anula sobre as coisas e outros seres simplesmente por senti-los de um modo que não se pode sentir mais nada. Ou simplesmente as mudanças de modos de interação com outras pessoas, que mudam suas ações provocando novos sentimentos, quem mudam a forma do receptor de sentir e se comunicar e assim também suas ações de forma que os dois se tornem pessoas completamente diferentes do que eram quando se conheceram.

Simplesmente não consigo compreender como seres da mesma espécie tem modo de entender as coisas de forma tão diferente, e assim terem sentimentos completamente diferentes há uma mesma coisa. Só nós humanos somos assim, por causa dos sentimentos.

Sentimentos que fazem o mais bárbaro chorar ou o mais sábio sorrir. Que fazer percebermos todos de uma forma única e exclusiva. Que nos torna vivos,pois, se sonhos são o alimento da alma, sentimentos são o alimento dos sonhos. (Eis ai mais uma escala da cadeia alimentar).

Enfim, sentimentos são parte da pergunta cujo a resposta é 42. (isso só fará sentido pra você, caso tenha lido o Guia do Mochileiro das Galáxias). Pra quem não leu, digo que compreender a irracionalidade dos sentimentos é o maior objetivo do ser humano, bem como sua maior duvida, e que tentar falar sobre o que não entendo talvez seja o melhor modo de compreender a mim mesmo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sonhando...

Um sonho... não to falando das sinapses do subconsciente transformadas em magética durante o sono, tão pouco do doce da padaria... falo de um desejo imaginativo de algo que se pretende alcançar. Aquele objetivo, meta, realização. Tudo que buscamos na vida, uma pequena dose de felicidade falei em outro post....

Quantos sonhos você já teve? Quantos se realizaram? Quantos se escaparam por entre os dedos? Ou então simplesmente deixaram de ser um sonho?

Somos todos movidos a sonhos! São eles que nos dão animo pra seguir em frente mesmo diante de uma muralha de problemas e desafios que insistem em separar o homem de sua conquista.

Existem N tipos de sonhos. Há os utópicos e grandiosos, que aqueles que desejam ter seu nome gravado na história almejam. Há aqueles que são tão simples que dentro de sua simplicidade, são tão grandiosos ou até mais que os utópicos. Uns sonham com dinheiro, luxo, status, fama e reconhecimento. Outros, com um amor, um lugar e mais nada. Também existem aqueles que não sabem com que sonhar... Já sonharam com tudo, como a maioria... Ser astronauta, mágico, astro do rock, marido, pai... E os que já deixaram de sonhar! Esses me preocupam...

Já tive muitos sonhos. Realizei alguns, a maioria simplesmente deixou de ser um sonho... Alguns por simplesmente não me caber mais... Outros por se tornarem tão impossíveis que o melhor é deixar de sonhar...para esses tantos outros os substituíram, e o processo continua.... Tenho sonhos q caminham comigo desde meu entender-se por gente, que fazem parte quase que de mim já... Além dos que ainda vão surgir...

Recentemente me deparei com uma pessoa sem sonhos! Ainda estou ame perguntar o que uma criatura faz na face da Terra sem almejar nada. Sem nenhum objetivo. Nenhum desejo por algo ou alguém, simplesmente acrescentando dias a vida.

Tenho medo de realizar todos meus sonhos. Quando conquistar tudo que desejo o que vou fazer? Qual será meu objetivo? Ta certo que esse é um problema existencial que todos gostariam de passar... Mas qual seria a resposta?

Não ter um sonho, algo pelo qual se esforçar para permanecer vivo e na batalha, me parece tão incoerente quanto não se permitir ser feliz por medo de se magoar...

A vida dessa pessoa naquele instante me pareceu perdida.... na verdade, quando me dizia que não tinha nada pelo qual sonhava, acredito q o mesmo pensamento se passou pela cabeça dela, pois a seqüência da frase foi um acara de desanimo e paisagem para com ela mesma. Pensei em falar sobre isso na hora,mas me pareceu muito invasivo, então esperei por uma explicação voluntária,mas como mesma não veio, seguimos o papo.

O que ficou na minha cabeça foi a imaginação de que tipo de sentimento alguém sem sonhos pode ter?

E antes de ficar maluco com tudo isso me desliguei do mundo e me pus a sonhar!

domingo, 28 de junho de 2009

Trilha sonora

Você já parou pra pensar que todos os momentos marcantes de nossas vidas tem uma musica ou um som que o representam? Pode ser uma musica romântica, o cantar de um pássaro,um assovio, o ruído de uma maquina, ou mesmo o som do mar ou do vento... Para todos os momentos que realmente marcaram temos um som gravado na memória. Com certeza você se lembra de musicas da sua infância, vozes de festas de familia da época que era pequeno, da voz daqueles que se foram...

Mas hoje quero falar mais das musicas... Pare para pensar, quantas musicas fazem parte da sua memória? Não musicas que você apenas gosta, mas aquelas que marcaram de alguma forma. Com certeza a resposta foi “muitas” ou algo similar. É impressionante como as musicas marcam, nos fazem lembrar de alguém, um lugar, uma situação,seja ela agradável ou não. O primeiro amor, o ultimo, um amigo, seu primeiro baile, a formatura... Enfim, toda ocasião tem uma musica!

Quando paro pra pensar na trilha sonora da minha vida a primeira coisa que me vem a mente é a aberturado Pica-Pau! Eu sempre fui louco pelo Pica-Pau, o maluco, com topete pra trás... Logo na seqüência me vem uma musica da Beth Carvalho...”quando eu não puder pisar mais na avenida, quando minhas pernas não puderem agüentar...” essa é a musica da minha mãe... Ela tem até o anel de bamba. Fui criado no samba... me lembro também da Musica “Índia”... Nem sei de quem é... Só me lembro dela na voz forte e segura de minha avó materna.... Lembro também do som do 'Guns" vindo do quarto da minha tia mais nova, e depois do Renato Russo cantando “Faroeste Caboclo” no rádio do meu irmão, que me mostrava também musicas do Ira, Capital, Nenhum de Nós, e outras bandas que agitaram o cenário nacional naquela época. Eu tinha uns dez anos. Muito do meu gosto musical foi formado ali. Me lembro como se fosse hoje, do meu irmão colocando a fita do Engenheiros do Havaii, banda que até hoje é minha favorita, e falando pra eu prestar atenção na letra, como se naquela idade fosse entender toda poesia que as musicas do Humberto Guessiger ou então do Cazuza, outro que ele fez questão de me mostrar também, pudessem fazer algum sentido pra mim.

Ainda em meio ao tudo isso, lembro-me de descobrir a MPB. O motorista do ônibus que me levava pra escola só ouvia MPB. Foi quando tive minha primeira desilusão amorosa. Djavan, musica "Oceano", me fazia lembrar no caminho de volta pra casa, da garota que me desprezara, e pela primeira vez na minha existência uma música retratava o que eu sentirá no momento.

Lembro perfeitamente de "Garotos" do Lenine, musica tema de um outro relacionamento platônico que tive na pré-adolescência. Depois disso, passei a ligar pessoas as músicas, o que fez meu repertório se multiplicar por N... todas as pessoas de relevância na minha vida tem uma musica tema. Namoradas, todas. Umas, musicas felizes, nostálgicas, outras, que nem gosto de ouvir mais. Amigos. Desde o Marcio, um amigo da primeira serie que se mudou pra campinas no meio da terceira série, no qual toda vez que toca “Canção da América” ainda me recordo, até o meu irmão de alma,o Thiago, que só consegui atribuir uma musica muito depois, pois “Pode crê”, do Cidade Negra, só foi gravada muito mais tarde.

Musicas existem em situações de minha vida também,como a musica “Aquarela do Brasil”, na minha Formatura de oitava série, cantada em coro por nós formandos, o Parabéns da minha primeira festa surpresa ou o primeiro som que tirei no violão. Flores, Titãs, versão do CD Acústico. Nisso, me vem a memória o só de Veraneio Vascaína, musica que marcou minha primeira apresententação com banda em publico. Lembro-me também da primeira serenata que fiz, com “Pra dizer Adeus”, para uma loirinha do colégio, e de Terra de Gigantes, dos Engenheiros, que toquei em homenagem ao aniversário de minha mãe, só que com um mês de antecedência. Da musica “Hey Joe” do O Rappa, musica que toquei pra mais de 2.000 pessoas em um evento em Guarulhos, poco antes de ir embora pra Rondônia. Época que escolhi a musica do Thiago, e de tantos outros que me faziam lembrar daqui enquanto estava lá.

Foi quando percebi que a vida tem trilha sonora.Passava o dia ouvindo musicas que me lembravam pessoas e lugares.

Hoje ainda não é diferente, continuo escolhendo musicas para representar pessoas, e agora até me divirto com isso. Apesar de algumas situações por mais que coubessem em uma musica, ainda me arremeterem a outras.

Se alcancei meu objetivo, você deve ter acabado de rever toda a sua vida através da sua trilha sonora enquanto acompanhava a minha. Ou seja, resgatou boa parte daquilo que você realmente é.

É por isso, que muitas vezes, quando perguntam como me definiria em uma palavra, digo sem pensar muito.... Musica!