segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Esse Flerte é um Flerte Fatal!

Seguindo o gancho de escrever sobre o que leio, (estou lendo, dinovo, uma coletânea da comedia da vida privada) e aproveitando mais uma discussão interessante que venho tendo com uma amiga muito querida falarei sobre o flerte.
A parte mais interessante de todo relacionamento e de onde ele jamais deveria ter saído, ou pelo menos permanecido.(Mesmo que junto com as outras etapas) é nessa fase que o frio na espinha é recorrente, as conversas tem duplo sentido (e os dois lados são legais), as intenções são postas a prova, o jogo de sedução acontece, enfim, é ai que a coisa toda se dá. Desde o mais singelo “Eu te amo” até o mais fervoroso tesão animal. É a dança de acasalamento do bicho homem, onde homens acham que escolhem quando na verdade só estão se mostrando para serem escolhidos e vice-versa.
È aquela sensação, do “Será que vai me ligar?” ou então ”Será que ligo?” , onde geralmente ligamos quando não deveríamos e deixamos de ligar quando era a hora certa. (risos)
É o tentar descobrir o outro, o tornar-se intimo, ou o mais próximo disso que for possível. Quando falamos não só o que gostaríamos de ouvir mas também o que sabemos que o outro quer e por isso vai surtir o efeito que desejamos.
O flerte nasce naquela cruzada de olhares que até então não se olhavam e que agora brincam de gato e rato... num desvia olho e olha que não tem fim. É quando nos exibimos mais, enfrentamos nossos medos só para não parecermos fracos, valorizamos nossas qualidades e camuflamos nossos defeitos, (onde geralmente está o maior erro) tudo para se mostrar aptos ou dignos da companhia do outro.
Ele geralmente se perde quando a coisa começa a ficar “seria”, pois vemos o flerte como uma brincadeira, (o segundo maior erro dos relacionamentos) e achamos que agora que há um acordo entre as partes para ficar juntos, o lance da conquista deixa de ter a importância devida. Faço minhas as palavras do poeta, que dizia: “...O Importante não é conquistar varias mulheres, mas a mesma mulher varias vezes.” (piegas eu sei).
O flerte é fundamental na vida de todos. E quando não temos mais isso no relacionamento, muitas vezes é o estopim das traições.(tai uma boa desculpa pras puladas de cerca) O desejo da conquista, o lado animal predador do ser humano posto de lado devido as formalidades da sociedade. Uma burrada que muita gente acaba cometendo, colocando, por muitas vezes, tudo a perder.
Para os que tem algum tipo de acordo monogâmico fica a dica, mantenham o flerte, a conquista, ou mais cedo ou mais tarde, um balcão de bar pode ser seu lugar. Para os demais, flertem, mesmo que o flerte não seja concluído, a pratica só acaricia o ego e desenvolve a sensação das pequenas doses de felicidade.

Bibliografia.

No ultimo post, fiz uma nota sobre um livro, e me liguei que muito do que escrevo sofre total influência sobre o que escrevo e a partir daí decidi escrever sobre o que leio, pra ver se consigo fazer com que alguém me entenda. (risos)

Se você está na frente de um computador lendo o que me dispus a escrever, com toda certeza você gosta muito mais de ler do que eu, (mais risos), o que me faz pensar que você tem o costume de ler qualquer coisa que aparece na sua frente, e logo, já deve ter lido um bom numero de livros. Eu também tenho esse ótimo hábito, (talvez, o único bom hábito que tenho) mas alguns livros tem um significado muito maior na minha “forma de ver as coisas”.

Meu primeiro grande livro, “Profecia Celestina”, me foi apresentado e emprestado por um amigo agora distante. O modo que ele apresentava sua teoria sobre os acontecimentos me pareceu perfeita e me deu um novo modo dever quase tudo ao meu redor. Se o cara fundasse uma igreja, eu ia junto, de tão envolvido que fiquei, e depois do êxtase realmente absorvi muita coisa do livro para o meu cotidiano e a forma de lidar com as coisas. Um adolescente que conseguiu ver a luz... (só quem leu o livro entende essa ultima parte)

Antes eu tive uns livros importantes também, como “Capitães da Areia” e “Feliz Ano Velho”, mas livros impostos pela escola apesar de serem ótimos, não contam.

Depois vieram Aguatha Cryste, e minha curiosidade pelo ser humano aumentou drasticamente, bem como me tornei um detalhista em muitos sentidos... e abslutamente relapso para outros, já diria Sherlock Homes a seu fiel escudeiro Watsom, outra obra que li e seqüência completa quase. A bibliografia de Paulo Coelho também freqüentou muito minha cabeceira de cama e onze minutos junto com o penúltimo livro da seqüência GMG são as melhores descrições do ato de fazer amor que já vi.

GMG – Guia do Mochileiro das Galáxias – foi uma graça que recebi das mãos do irmão Mauricio (hauhauhauhuaha), a unica Trilogia de quatro livros com um livro adjacente que existe, o único livro que tem a frase mais tranqüilizadora do Univero, “NÃO ENTRE EM PÂNICO!” em letras garafais no seu verso. A descrição mais perfeita da sociedade, da economia e das questões filosóficas do mundo.

Li cinco livros em uma semana e meia, absolutamente intensa a imersão na filosofia de Douglas Adans, mas ainda sim reconfortante.

Livros que me fazem pensar... que me mostram um novo modo de ver tanta coisa.

Minha mais recente descoberta, “A Insustentável Leveza do Ser” que me foi apresentada por uma outra grande descoberta, ainda está sendo digerida, mas já me esclarece tantos outros pontos escuros nas sombras da minha mente, kitsh, pesos que damos as coisas e o modo como buscamos sempre uma repetição para muita coisa.

Sobre o modo como escrevo, a influencia é feita, pelas crônicas de Mario Prata e luiz Fernando Veríssimo (nos quais me inspiro apenas, sem a menor pretensão). Sempre fui fã de suas crônicas, seus livros são os poucos que consigo ler mais de uma vez. O modo como consegue descrever as coisas, como um tigre na biblioteca ou sentimentos e pessoas é incrivelmente deliciosa. Suas loucuras e devaneios completamente compreensíveis e um boêmio como Badaró, o mais bom moço do planeta e o maior anti-heroi da literatura brasileira. Ainda ontem, por não estar com nenhuma novidade nas mãos, me coloquei a ler as “Comedias Da vida Privada”e acabei voltando a escrever depois de mais de um mês sem conseguir colocar nada na ponta dos dedos.

Quem é mais sentimental que eu?

Olá dinovo.

Depois de um tempo em bloqueio mental, e um retiro espiritual pra colocar as coisas no lugar (ultimamente minha cabeça não tem funcionado direito) tô de volta. Não sei se isso é bom ou ruim, mas enfim, a vida é assim mesmo. (risos)

Situação do momento: ouvindo Los Hermanos, (calma, não tem nenhuma faca por perto), tá tarde (o que pra mim não significa muita coisa) acabei de ver um filme nacional bem bacana, com um cigarro na boca (hábito que pretendo largar dinovo em breve) e um turbilhão de idéias. (às vezes acontece)

Ouvi recentemente, em um papo com um possível detentor de subsídios que arcariam com meus honorários, uma analise sobre meu blog (é, esse espaço que você está lendo agora). Foi a primeira Critica que ouço de uma pessoa que não teria o menor problema se me magoasse, afinal ele não me conhecia e tava pouco importando se eu ia ficar de mal com ele ou não. Minha surpresa foi quando ele disse que meu blog era “sentimental”, “não mela cueca” ele salientou na seqüência, queria dizer que meus temas abortavam as pessoas e seus sentimentos.

Gostaria de agradecer, pois se é essa a idéia que ele passa, é sinal que tenho alcançado meus objetivos. Pois são justamente os sentimentos as coisas que menos entendo,e o próprio nome do blog já diz do quero falar.

Tem coisa mais incompreensível, estranha e misteriosa que o sentimento?

É a única coisa que conheço, além da fé, que não faz sentido nenhum e ainda sim é absolutamente necessária ao ser humano.

Sentimentos vão de encontro e ao encontro do nada e chegando a lugar nenhum muitas vezes, e na maioria delas também se escondendo da razão.

Racionalidade e sentimentos são praticamente heterogêneos, logo raciocinar sobre pensamentos é uma puta perda de tempo e que me faz pensar em procurar outra coisa pra escrever (risos). E como nada me vem a cabeça, vou continuar com sentimentos mesmo.

Sentimentos opostos tem uma linha tênue entre eles, como o “odeio te amar” ou “amo de te odiar” (Freud explica)

Ele explica e eu realmente continuo sem entender, como o todo ser humano muitas vezes não consegue mostrar quem realmente é, justamente pra quem seria mais importante saber. Como se anula sobre as coisas e outros seres simplesmente por senti-los de um modo que não se pode sentir mais nada. Ou simplesmente as mudanças de modos de interação com outras pessoas, que mudam suas ações provocando novos sentimentos, quem mudam a forma do receptor de sentir e se comunicar e assim também suas ações de forma que os dois se tornem pessoas completamente diferentes do que eram quando se conheceram.

Simplesmente não consigo compreender como seres da mesma espécie tem modo de entender as coisas de forma tão diferente, e assim terem sentimentos completamente diferentes há uma mesma coisa. Só nós humanos somos assim, por causa dos sentimentos.

Sentimentos que fazem o mais bárbaro chorar ou o mais sábio sorrir. Que fazer percebermos todos de uma forma única e exclusiva. Que nos torna vivos,pois, se sonhos são o alimento da alma, sentimentos são o alimento dos sonhos. (Eis ai mais uma escala da cadeia alimentar).

Enfim, sentimentos são parte da pergunta cujo a resposta é 42. (isso só fará sentido pra você, caso tenha lido o Guia do Mochileiro das Galáxias). Pra quem não leu, digo que compreender a irracionalidade dos sentimentos é o maior objetivo do ser humano, bem como sua maior duvida, e que tentar falar sobre o que não entendo talvez seja o melhor modo de compreender a mim mesmo.