segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Esse Flerte é um Flerte Fatal!

Seguindo o gancho de escrever sobre o que leio, (estou lendo, dinovo, uma coletânea da comedia da vida privada) e aproveitando mais uma discussão interessante que venho tendo com uma amiga muito querida falarei sobre o flerte.
A parte mais interessante de todo relacionamento e de onde ele jamais deveria ter saído, ou pelo menos permanecido.(Mesmo que junto com as outras etapas) é nessa fase que o frio na espinha é recorrente, as conversas tem duplo sentido (e os dois lados são legais), as intenções são postas a prova, o jogo de sedução acontece, enfim, é ai que a coisa toda se dá. Desde o mais singelo “Eu te amo” até o mais fervoroso tesão animal. É a dança de acasalamento do bicho homem, onde homens acham que escolhem quando na verdade só estão se mostrando para serem escolhidos e vice-versa.
È aquela sensação, do “Será que vai me ligar?” ou então ”Será que ligo?” , onde geralmente ligamos quando não deveríamos e deixamos de ligar quando era a hora certa. (risos)
É o tentar descobrir o outro, o tornar-se intimo, ou o mais próximo disso que for possível. Quando falamos não só o que gostaríamos de ouvir mas também o que sabemos que o outro quer e por isso vai surtir o efeito que desejamos.
O flerte nasce naquela cruzada de olhares que até então não se olhavam e que agora brincam de gato e rato... num desvia olho e olha que não tem fim. É quando nos exibimos mais, enfrentamos nossos medos só para não parecermos fracos, valorizamos nossas qualidades e camuflamos nossos defeitos, (onde geralmente está o maior erro) tudo para se mostrar aptos ou dignos da companhia do outro.
Ele geralmente se perde quando a coisa começa a ficar “seria”, pois vemos o flerte como uma brincadeira, (o segundo maior erro dos relacionamentos) e achamos que agora que há um acordo entre as partes para ficar juntos, o lance da conquista deixa de ter a importância devida. Faço minhas as palavras do poeta, que dizia: “...O Importante não é conquistar varias mulheres, mas a mesma mulher varias vezes.” (piegas eu sei).
O flerte é fundamental na vida de todos. E quando não temos mais isso no relacionamento, muitas vezes é o estopim das traições.(tai uma boa desculpa pras puladas de cerca) O desejo da conquista, o lado animal predador do ser humano posto de lado devido as formalidades da sociedade. Uma burrada que muita gente acaba cometendo, colocando, por muitas vezes, tudo a perder.
Para os que tem algum tipo de acordo monogâmico fica a dica, mantenham o flerte, a conquista, ou mais cedo ou mais tarde, um balcão de bar pode ser seu lugar. Para os demais, flertem, mesmo que o flerte não seja concluído, a pratica só acaricia o ego e desenvolve a sensação das pequenas doses de felicidade.

Bibliografia.

No ultimo post, fiz uma nota sobre um livro, e me liguei que muito do que escrevo sofre total influência sobre o que escrevo e a partir daí decidi escrever sobre o que leio, pra ver se consigo fazer com que alguém me entenda. (risos)

Se você está na frente de um computador lendo o que me dispus a escrever, com toda certeza você gosta muito mais de ler do que eu, (mais risos), o que me faz pensar que você tem o costume de ler qualquer coisa que aparece na sua frente, e logo, já deve ter lido um bom numero de livros. Eu também tenho esse ótimo hábito, (talvez, o único bom hábito que tenho) mas alguns livros tem um significado muito maior na minha “forma de ver as coisas”.

Meu primeiro grande livro, “Profecia Celestina”, me foi apresentado e emprestado por um amigo agora distante. O modo que ele apresentava sua teoria sobre os acontecimentos me pareceu perfeita e me deu um novo modo dever quase tudo ao meu redor. Se o cara fundasse uma igreja, eu ia junto, de tão envolvido que fiquei, e depois do êxtase realmente absorvi muita coisa do livro para o meu cotidiano e a forma de lidar com as coisas. Um adolescente que conseguiu ver a luz... (só quem leu o livro entende essa ultima parte)

Antes eu tive uns livros importantes também, como “Capitães da Areia” e “Feliz Ano Velho”, mas livros impostos pela escola apesar de serem ótimos, não contam.

Depois vieram Aguatha Cryste, e minha curiosidade pelo ser humano aumentou drasticamente, bem como me tornei um detalhista em muitos sentidos... e abslutamente relapso para outros, já diria Sherlock Homes a seu fiel escudeiro Watsom, outra obra que li e seqüência completa quase. A bibliografia de Paulo Coelho também freqüentou muito minha cabeceira de cama e onze minutos junto com o penúltimo livro da seqüência GMG são as melhores descrições do ato de fazer amor que já vi.

GMG – Guia do Mochileiro das Galáxias – foi uma graça que recebi das mãos do irmão Mauricio (hauhauhauhuaha), a unica Trilogia de quatro livros com um livro adjacente que existe, o único livro que tem a frase mais tranqüilizadora do Univero, “NÃO ENTRE EM PÂNICO!” em letras garafais no seu verso. A descrição mais perfeita da sociedade, da economia e das questões filosóficas do mundo.

Li cinco livros em uma semana e meia, absolutamente intensa a imersão na filosofia de Douglas Adans, mas ainda sim reconfortante.

Livros que me fazem pensar... que me mostram um novo modo de ver tanta coisa.

Minha mais recente descoberta, “A Insustentável Leveza do Ser” que me foi apresentada por uma outra grande descoberta, ainda está sendo digerida, mas já me esclarece tantos outros pontos escuros nas sombras da minha mente, kitsh, pesos que damos as coisas e o modo como buscamos sempre uma repetição para muita coisa.

Sobre o modo como escrevo, a influencia é feita, pelas crônicas de Mario Prata e luiz Fernando Veríssimo (nos quais me inspiro apenas, sem a menor pretensão). Sempre fui fã de suas crônicas, seus livros são os poucos que consigo ler mais de uma vez. O modo como consegue descrever as coisas, como um tigre na biblioteca ou sentimentos e pessoas é incrivelmente deliciosa. Suas loucuras e devaneios completamente compreensíveis e um boêmio como Badaró, o mais bom moço do planeta e o maior anti-heroi da literatura brasileira. Ainda ontem, por não estar com nenhuma novidade nas mãos, me coloquei a ler as “Comedias Da vida Privada”e acabei voltando a escrever depois de mais de um mês sem conseguir colocar nada na ponta dos dedos.

Quem é mais sentimental que eu?

Olá dinovo.

Depois de um tempo em bloqueio mental, e um retiro espiritual pra colocar as coisas no lugar (ultimamente minha cabeça não tem funcionado direito) tô de volta. Não sei se isso é bom ou ruim, mas enfim, a vida é assim mesmo. (risos)

Situação do momento: ouvindo Los Hermanos, (calma, não tem nenhuma faca por perto), tá tarde (o que pra mim não significa muita coisa) acabei de ver um filme nacional bem bacana, com um cigarro na boca (hábito que pretendo largar dinovo em breve) e um turbilhão de idéias. (às vezes acontece)

Ouvi recentemente, em um papo com um possível detentor de subsídios que arcariam com meus honorários, uma analise sobre meu blog (é, esse espaço que você está lendo agora). Foi a primeira Critica que ouço de uma pessoa que não teria o menor problema se me magoasse, afinal ele não me conhecia e tava pouco importando se eu ia ficar de mal com ele ou não. Minha surpresa foi quando ele disse que meu blog era “sentimental”, “não mela cueca” ele salientou na seqüência, queria dizer que meus temas abortavam as pessoas e seus sentimentos.

Gostaria de agradecer, pois se é essa a idéia que ele passa, é sinal que tenho alcançado meus objetivos. Pois são justamente os sentimentos as coisas que menos entendo,e o próprio nome do blog já diz do quero falar.

Tem coisa mais incompreensível, estranha e misteriosa que o sentimento?

É a única coisa que conheço, além da fé, que não faz sentido nenhum e ainda sim é absolutamente necessária ao ser humano.

Sentimentos vão de encontro e ao encontro do nada e chegando a lugar nenhum muitas vezes, e na maioria delas também se escondendo da razão.

Racionalidade e sentimentos são praticamente heterogêneos, logo raciocinar sobre pensamentos é uma puta perda de tempo e que me faz pensar em procurar outra coisa pra escrever (risos). E como nada me vem a cabeça, vou continuar com sentimentos mesmo.

Sentimentos opostos tem uma linha tênue entre eles, como o “odeio te amar” ou “amo de te odiar” (Freud explica)

Ele explica e eu realmente continuo sem entender, como o todo ser humano muitas vezes não consegue mostrar quem realmente é, justamente pra quem seria mais importante saber. Como se anula sobre as coisas e outros seres simplesmente por senti-los de um modo que não se pode sentir mais nada. Ou simplesmente as mudanças de modos de interação com outras pessoas, que mudam suas ações provocando novos sentimentos, quem mudam a forma do receptor de sentir e se comunicar e assim também suas ações de forma que os dois se tornem pessoas completamente diferentes do que eram quando se conheceram.

Simplesmente não consigo compreender como seres da mesma espécie tem modo de entender as coisas de forma tão diferente, e assim terem sentimentos completamente diferentes há uma mesma coisa. Só nós humanos somos assim, por causa dos sentimentos.

Sentimentos que fazem o mais bárbaro chorar ou o mais sábio sorrir. Que fazer percebermos todos de uma forma única e exclusiva. Que nos torna vivos,pois, se sonhos são o alimento da alma, sentimentos são o alimento dos sonhos. (Eis ai mais uma escala da cadeia alimentar).

Enfim, sentimentos são parte da pergunta cujo a resposta é 42. (isso só fará sentido pra você, caso tenha lido o Guia do Mochileiro das Galáxias). Pra quem não leu, digo que compreender a irracionalidade dos sentimentos é o maior objetivo do ser humano, bem como sua maior duvida, e que tentar falar sobre o que não entendo talvez seja o melhor modo de compreender a mim mesmo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sonhando...

Um sonho... não to falando das sinapses do subconsciente transformadas em magética durante o sono, tão pouco do doce da padaria... falo de um desejo imaginativo de algo que se pretende alcançar. Aquele objetivo, meta, realização. Tudo que buscamos na vida, uma pequena dose de felicidade falei em outro post....

Quantos sonhos você já teve? Quantos se realizaram? Quantos se escaparam por entre os dedos? Ou então simplesmente deixaram de ser um sonho?

Somos todos movidos a sonhos! São eles que nos dão animo pra seguir em frente mesmo diante de uma muralha de problemas e desafios que insistem em separar o homem de sua conquista.

Existem N tipos de sonhos. Há os utópicos e grandiosos, que aqueles que desejam ter seu nome gravado na história almejam. Há aqueles que são tão simples que dentro de sua simplicidade, são tão grandiosos ou até mais que os utópicos. Uns sonham com dinheiro, luxo, status, fama e reconhecimento. Outros, com um amor, um lugar e mais nada. Também existem aqueles que não sabem com que sonhar... Já sonharam com tudo, como a maioria... Ser astronauta, mágico, astro do rock, marido, pai... E os que já deixaram de sonhar! Esses me preocupam...

Já tive muitos sonhos. Realizei alguns, a maioria simplesmente deixou de ser um sonho... Alguns por simplesmente não me caber mais... Outros por se tornarem tão impossíveis que o melhor é deixar de sonhar...para esses tantos outros os substituíram, e o processo continua.... Tenho sonhos q caminham comigo desde meu entender-se por gente, que fazem parte quase que de mim já... Além dos que ainda vão surgir...

Recentemente me deparei com uma pessoa sem sonhos! Ainda estou ame perguntar o que uma criatura faz na face da Terra sem almejar nada. Sem nenhum objetivo. Nenhum desejo por algo ou alguém, simplesmente acrescentando dias a vida.

Tenho medo de realizar todos meus sonhos. Quando conquistar tudo que desejo o que vou fazer? Qual será meu objetivo? Ta certo que esse é um problema existencial que todos gostariam de passar... Mas qual seria a resposta?

Não ter um sonho, algo pelo qual se esforçar para permanecer vivo e na batalha, me parece tão incoerente quanto não se permitir ser feliz por medo de se magoar...

A vida dessa pessoa naquele instante me pareceu perdida.... na verdade, quando me dizia que não tinha nada pelo qual sonhava, acredito q o mesmo pensamento se passou pela cabeça dela, pois a seqüência da frase foi um acara de desanimo e paisagem para com ela mesma. Pensei em falar sobre isso na hora,mas me pareceu muito invasivo, então esperei por uma explicação voluntária,mas como mesma não veio, seguimos o papo.

O que ficou na minha cabeça foi a imaginação de que tipo de sentimento alguém sem sonhos pode ter?

E antes de ficar maluco com tudo isso me desliguei do mundo e me pus a sonhar!

domingo, 28 de junho de 2009

Trilha sonora

Você já parou pra pensar que todos os momentos marcantes de nossas vidas tem uma musica ou um som que o representam? Pode ser uma musica romântica, o cantar de um pássaro,um assovio, o ruído de uma maquina, ou mesmo o som do mar ou do vento... Para todos os momentos que realmente marcaram temos um som gravado na memória. Com certeza você se lembra de musicas da sua infância, vozes de festas de familia da época que era pequeno, da voz daqueles que se foram...

Mas hoje quero falar mais das musicas... Pare para pensar, quantas musicas fazem parte da sua memória? Não musicas que você apenas gosta, mas aquelas que marcaram de alguma forma. Com certeza a resposta foi “muitas” ou algo similar. É impressionante como as musicas marcam, nos fazem lembrar de alguém, um lugar, uma situação,seja ela agradável ou não. O primeiro amor, o ultimo, um amigo, seu primeiro baile, a formatura... Enfim, toda ocasião tem uma musica!

Quando paro pra pensar na trilha sonora da minha vida a primeira coisa que me vem a mente é a aberturado Pica-Pau! Eu sempre fui louco pelo Pica-Pau, o maluco, com topete pra trás... Logo na seqüência me vem uma musica da Beth Carvalho...”quando eu não puder pisar mais na avenida, quando minhas pernas não puderem agüentar...” essa é a musica da minha mãe... Ela tem até o anel de bamba. Fui criado no samba... me lembro também da Musica “Índia”... Nem sei de quem é... Só me lembro dela na voz forte e segura de minha avó materna.... Lembro também do som do 'Guns" vindo do quarto da minha tia mais nova, e depois do Renato Russo cantando “Faroeste Caboclo” no rádio do meu irmão, que me mostrava também musicas do Ira, Capital, Nenhum de Nós, e outras bandas que agitaram o cenário nacional naquela época. Eu tinha uns dez anos. Muito do meu gosto musical foi formado ali. Me lembro como se fosse hoje, do meu irmão colocando a fita do Engenheiros do Havaii, banda que até hoje é minha favorita, e falando pra eu prestar atenção na letra, como se naquela idade fosse entender toda poesia que as musicas do Humberto Guessiger ou então do Cazuza, outro que ele fez questão de me mostrar também, pudessem fazer algum sentido pra mim.

Ainda em meio ao tudo isso, lembro-me de descobrir a MPB. O motorista do ônibus que me levava pra escola só ouvia MPB. Foi quando tive minha primeira desilusão amorosa. Djavan, musica "Oceano", me fazia lembrar no caminho de volta pra casa, da garota que me desprezara, e pela primeira vez na minha existência uma música retratava o que eu sentirá no momento.

Lembro perfeitamente de "Garotos" do Lenine, musica tema de um outro relacionamento platônico que tive na pré-adolescência. Depois disso, passei a ligar pessoas as músicas, o que fez meu repertório se multiplicar por N... todas as pessoas de relevância na minha vida tem uma musica tema. Namoradas, todas. Umas, musicas felizes, nostálgicas, outras, que nem gosto de ouvir mais. Amigos. Desde o Marcio, um amigo da primeira serie que se mudou pra campinas no meio da terceira série, no qual toda vez que toca “Canção da América” ainda me recordo, até o meu irmão de alma,o Thiago, que só consegui atribuir uma musica muito depois, pois “Pode crê”, do Cidade Negra, só foi gravada muito mais tarde.

Musicas existem em situações de minha vida também,como a musica “Aquarela do Brasil”, na minha Formatura de oitava série, cantada em coro por nós formandos, o Parabéns da minha primeira festa surpresa ou o primeiro som que tirei no violão. Flores, Titãs, versão do CD Acústico. Nisso, me vem a memória o só de Veraneio Vascaína, musica que marcou minha primeira apresententação com banda em publico. Lembro-me também da primeira serenata que fiz, com “Pra dizer Adeus”, para uma loirinha do colégio, e de Terra de Gigantes, dos Engenheiros, que toquei em homenagem ao aniversário de minha mãe, só que com um mês de antecedência. Da musica “Hey Joe” do O Rappa, musica que toquei pra mais de 2.000 pessoas em um evento em Guarulhos, poco antes de ir embora pra Rondônia. Época que escolhi a musica do Thiago, e de tantos outros que me faziam lembrar daqui enquanto estava lá.

Foi quando percebi que a vida tem trilha sonora.Passava o dia ouvindo musicas que me lembravam pessoas e lugares.

Hoje ainda não é diferente, continuo escolhendo musicas para representar pessoas, e agora até me divirto com isso. Apesar de algumas situações por mais que coubessem em uma musica, ainda me arremeterem a outras.

Se alcancei meu objetivo, você deve ter acabado de rever toda a sua vida através da sua trilha sonora enquanto acompanhava a minha. Ou seja, resgatou boa parte daquilo que você realmente é.

É por isso, que muitas vezes, quando perguntam como me definiria em uma palavra, digo sem pensar muito.... Musica!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O medo...

Uma das coisas que mais me preocupa na humanidade é a mania que algumas pessoas tem de não se permitirem a possibilidade de serem felizes. Sabe aquele lance de não tentar por não ter certeza que vai dar certo? Isso geralmente é criado pelo medo de que aquilo que se quer pode dar errado e gerar desapontamento e dor.

Temos que entender que a dor e o desapontamento fazem parte da natureza humana. Se algo não deu certo no fim, é porque o fim ainda não chegou, ou deu certo, pelo tempo que deveria dar. Tudo tem um fim, um final e um propósito.

Uma vez,uma pessoa querida me disse que eu passo a idéia de alguém que só faz o que quer e quando quer, que me preocupo apenas com aquilo que quero e enquanto está bom pra mim, dando a impressão de que não me preocupo com o outro, uma coisa meio egoísta. Na verdade isso não é bem assim, a única coisa que acontece é que não tenho medo de me arriscar, de tentar o novo, de sofrer, porque acredito que só existe uma maneira de descobrir se vai dar certo... Tentando!

Não deixo de me preocupar com os outros, até mesmo porque não atribuo minhas necessidades e desejos ao sofrimento alheio, procuro um meio termo adequados a todos os envolvidos. Não tenho medo de desilusões, de passar por idiota com uma rosa na mão, ou cantando uma musica romântica em uma serenata. Acredito que mas vale um segundo de sentimento e horas de desilusão do que uma eternidade de pensamentos sobre a possibilidade de algo que poderia ter sido. Impreterivelmente as coisas irão te aborrecer, cair por terra ou sair do planejado, é a lei natural das coisas, cabe a você, encontrar a melhor solução para as coisas, esse essa solução causar decepção ou dor, paciência. Provavelmente os instantes de alegria que você sentiu compensam a dor que poderá surgir. Afinal não havia certeza que haveria dor, tão pouco a felicidade... Havia apenas a possibilidade infinita de que tudo pode acontecer. Acredito que é exatamente essa possibilidade infinita o grande tesão das coisas que nos acontecem todos os dias. Por isso não tenho medo de parecer idiota, ou passageiro, faço o que quero, porque meu objetivo é apenas ser feliz hoje! Tenho planos para o futuro, mas minha atenção e foco estão voltados para o presente, no futuro penso nele, tudo ao seu tempo. Procuro não pensar se vai ou não dar certo, se posso ou não me machucar.

Entrar na arena com medo da batalha, já te faz um perdedor, por isso jamais luto por algo que não acredito, e se percebo que não poderei ganhar, aceito a derrota, recolho meus cacos, absorvo a dor e tudo que ela pode me ensinar, e vou a luta novamente, por outras batalhas e outras conquistas, o espírito do skatista,que cai e levanta até acertar a manobra. Posso até parecer maluco, como alguém que gosta da dor e a procura, mas não, não a procuro, somente não fujo dela, pois ao seu lado caminha a felicidade, e ao fugir da dor, jamais poderei alcançar o que procuro.

Estranha sensação

Sabe aquela sensação de que algo chegou ao fim? Um amor, um projeto, um sonho, algo eu durante um tempo você teve a certeza que era pra sempre, mas que de uma hora pra outra se esvai, some, e você percebe que não te cabe mais, ou que você não cabe mais naquilo, pois é... É assim que me sinto hoje.

O grande problema é que não sei o que se esvaiu de mim. Derrepente o mundo ficou pequeno e não cabe mais dentro de mim. Ou seria eu que me tornei pequeno demais para um mundo tão grande?

Tenho tanto pra dizer, mas as vezes sinto como se não houvesse ninguém disposto a escutar. São tantas idéias, ideais, pensamentos, uns muito claros, outros tão confusos. Que sinto como se não houvesse nada... Só um imenso vazio e silencio que toma conta de tudo ao meu redor... a noite é fria, e mesmo assim eu suo... Imagens distorcidas e sem ligação nenhuma passam pela minha mente.

Penso em tantas pessoas, tantos lugares, que não fazem parte uns dos outros. Me imagino em diversas situações eu nunca vivi, e que provavelmente só acontecerão no meu mundo de faz de conta. Sinto-me confuso sobre a subjetividade dessa pretensa realidade imaginaria na qual fico preso por instantes que parecem uma eternidade, e logo depois volto a uma realidade que parece uma ilusão forjada pelo meu subconsciente para me afastar daquilo que não me agrada.

Mas o que não me agrada? Quais os motivos de meus bloqueios mentais? Quais os verdadeiros motivos para a fuga criada de mim por mim mesmo? Medo? De que? De quem? E se é uma fuga, porque sinto que se esvai? Como sinto que acabou se ainda não enfrentei coisa alguma? Esse tipo de contradição sempre fez parte do um intimo. E é uma das coisas que sempre me perturbaram Derrepente tudo parece novo. E esse novo me parece tão igual ao mais velho que já conheci. As coisas acabam e começam da mesma forma que acabaram e começaram no inicio, como um círculo vicioso, onde ainda não descobri os vícios.

Hoje, algo acaba, no frio da noite algo se esvai, algo que não tenho idéia do que seja, que me deixa vazio, algo que mesmos em saber o que era, tinha absoluta certeza de que era pra sempre, ou pelo menos me gerava essa sensação. Resta saber se vai começar dinovo, e se vira pra não mais partir, ou se foi pra não mais voltar.

domingo, 21 de junho de 2009

Pequenas doses de Felicidade

Olha eu divolta...
Escrevo hoje algo que venho pensando algum tempo... Começou no inicio de uma tarde de terça-feira... Aguardando um amigo para começar um trabalho... Sentado no terminal rodoviário da Vila Madalena... Puta calor... Estava terminando um livro, tomando um suco e fumando um cigarro... no ouvidos meus inseparáveis fones tocavam o som do Sublime... E foi nesse cenário que de repente uma forte onda de alegria, entusiasmo, relaxamento e serenidade se apoderaram de mim, tradução... Felicidade... Analisando friamente não tinha muitos motivos pra esse sentimento... Mas naquele momento, me sentia completo... Tudo pareceu mais vivo... Cores, sons, cheiros... Naquele momento... Sem motivo algum... Eu era Feliz!
Tinha meus motivos, afinal nem tudo ia mal... Assim como não ia bem também... Acho que pra ninguém tem tudo indo bem, afinal o humano sofre de uma insatisfação permanente... e é exatamente por essa constatação que cheguei as minhas conclusões... A felicidade é servida em pequenas doses!
Acredito que até porque se a dose for muito alta... Uma overdose de felicidade acaba parando o coração... e a idéia não é essa...hehe. e por assim ser, essas doses vem na medida certa pra cada um... é como se fosse uma droga, uns tem mais resistência, outros menos, e todo mundo tem um limite...
Sabe quando você ta numa situação complicada no trabalho e ao chegar em casa, sua namorada(o), mulher (marido) ou o que quer que seja, te recebe com aquele abraço e beijo fortes e confortadores, que faz que nem que seja por um momento, todos seus problemas com o chato do seu(sua) chefe simplesmente desapareçam? Pois é....Nesse momento,talvez você nem se dê conta, mas você é feliz.... Ou então quando come algo que estava com vontade a tempos... ali você também é feliz. Ou então quando acorda assustado como horário e se lembra que naquele dia você não tem compromissos... Sim, nessa hora você também é feliz!!!
Às vezes,a felicidade vem numa dose tão pequena que você nem percebe, é quase que homeopático... Ela chega... Da um “oi” e vai se diluindo em meio a tantos outros pensamentos... Muitas vezes penosos, mesquinhos, chatos, preocupantes e vulgares.
Talvez ela apareça de modo tão sutil por apesar de persegui-la (tipo cachorro atrás do rabo), não a notamos ali do nosso lado, nas pequenas coisas e não a aproveitamos... Não se deve achar que se esta feliz apenas quando tudo for bem (lembremos da teoria do humano insatisfeito), ou quando “quase tudo” caminhar a contento, afinal, parafraseando tanta gente... A felicidade está nas pequenas coisas... Ou melhor, nos pequenos momentos!
Penso que meu objetivo não é buscar a felicidade, ou tentar ser imensamente feliz... Mas sim, conseguir “esticar” essa felicidade...permanecer em estado de felicidade o maior tempo possível, valorizando esses pequenos momentos, saboreando-os com calma, degustando com calma... São essas pequenas doses diárias de felicidade que fazem a vida valer os sorrisos que temos pra dar a ela...
O objetivo deve ser então, da forma mais natural possível, tornar esses momentos freqüentes...E tentar fazer com que ele não seja diluído até se esvair...É aproveitar essa sensação com toda dedicação, para que se possa usar até o ultimo pedacinho dessa sensação de levitar...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Insônia

Outro texto bem antigo... Mas que serve também como introdução ao que pretendo publicar aqui!
Novamente a data de criação é um mistério. A única coisa que sei é que foi no dia que me entendi com a insônia que me acompanha
São 1:00 hr. Já não é mais horário de verão, assisto a um filme que não sei o nome, sobre um assunto que desconheço, em um canal qualquer. Ouço uma musica no rádio que fala de algo que não entendo. Me pego a pensar no amor, no amor e nos momentos que passei lutando por ele.
Penso em fazer algo para parar de pensar nas coisas malucas em que penso agora, acendo um cigarro para distrair. A brasa do cigarro me lembra dos momentos que passei junto a pessoa amada, é já faz tempo, bate a saudade, troco de musica, esse fala de outras coisas que me lembram outras situações que passei junto a outras pessoas.
Momentos desagradáveis, brigas, intrigas, pego o violão e começo a tocar, me vêem a cabeça musicas melancólicas, que falam de algo, alguém, de um sentimento, um sentido sem sentido, sem inicio certo sem meio e com fim incerto, pedidos de perdão acusações em falso, vontade de voltar, lembro-me de outras pessoas.
A opção de usar o violão como escapatória para esses sentimentos que martelam minha cabeça e não me deixam dormir não funciona, como imaginava.
Acendo outro cigarro, já são 2:00 hrs. Nesse cigarro percebo a brasa do amor queimando o fumo, nesse caso meu coração, acabando em cinzas, quando é acabada. O filme acaba, o canal termina sua programação e se fecha, troco de canal, outro filme, outra historia, outros sentimentos me surgem.
Lembro da amizade, amizade que também é forma de amar, um amor talvez tão grande como o outro, um amor fraterno, que também faz querer as pessoas bem e, na maioria dos casos, ao nosso lado, para os momentos bons e ruins. Lembro-me de uma amizade que um dia virou amor, uma paixão talvez, algo que superei. Nisso lembro-me das ocasiões em que nos frustramos, frustrações que superamos, que nos deixam mais fortes, que nos fazem amadurecer.
Talvez sejam essas frustrações que nos fazem entender os temas dos filmes ou o que as musicas querem dizer, saio do meu quarto, vou ver a lua sempre tão bela e solitária, cheia de estrelas ao seu redor, e me comparo a ela, não com sua beleza, pois esta é insuperável, mas pelo fato a solidão. Às vezes somos como ela, com tantas coisas e pessoas ao redor, nos sentimos solitários.
Talvez porque não nos frustramos a ponto de entender as coisas da vida, como letras de musicas ou temas dos filmes, me vem a cabeça outras coisas, acendo outro cigarro.
Nesse penso no refugio encontrado por muitos para tentar fugir da solidão, métodos falhos pois percebo que a solidão não é um fato e sim um estado de espírito, um sentimento como estar feliz, triste ou apaixonado, e que de sentimentos não podemos fugir.
A única coisa que nos resta é enfrentar, às vezes nos frustrando e aprendendo que isso só acontece para que possamos que deveríamos aprender. Lembro-me de poesias, volto ao meu quarto e tento escrever algo, mas nada escorre de minha cabeça para meus dedos.
Já são 3:00 hrs. Estou aflito, já não sei o que fazer. Procuro algo em meu quarto, nada encontro, percebo então que a ultima idéia que tive teria sido e melhor, não escrever poesias, pois nada bonito ao ponto de se tornar poesia vinha a minha cabeça, mas sim escrever. Escrever tudo que sinto nessa ocasião, comecei a escrever o que senti nessa noite.
Acendo outro cigarro. Nesse já não vejo mais nada, não minto, vejo sim, vejo que tudo que sinto é uma frustração por ser muito inocente e não entender ainda os temas dos filmes e o sentido das musicas, que tentei fugir dessa frustração de muito s métodos falhos, percebi que tudo que pensei estava fazendo e assim me enganando, ficando cada vez mais confuso. Agora já são 4:00hrs. Começo a entender algo que não sei ao certo o que é, algo complexo demais para mim..Algo que aprenderei até o ultimo instante de mim mesmo. Vejo que aprendi a viver um pouquinho mais.
Continuo a escrever, agora já não mais tão frustrado, pois enfrentei minha frustração, talvez na próxima noite eu consiga entender o que o filme quer dizer ou o que a musica me passa. Mas não posso parar por ai, filmes e musicas foram feitos por homens, preciso entender algo que não seja tão pequeno, algo que me torne mais forte, que me de frutos, preciso entender os sentimentos, frustrações, estados de espírito, porque se formam, como e para que.
Talvez a resposta esteja onde eu menos esperar, talvez até mesmo no que escrevo agora, que por algum motivo não entendo, Talvez não entender os sentimentos seja necessário, talvez isso seja uma hierarquia onde se começa do nada e se vai a lugar algum, não sei.
Estou tão confuso como no começo. Nossas vidas são confusas e essa confusão é que nos dá força para tentarmos descobrir o que se passa conosco, como fiz agora.
5:00hrs. A aurora começa a dar sinais de despedida, agora o sono vem, talvez esse sono seja um troféu para a vitória conquistada dentro de mim, agora já não quero mais pensar em nada, só quero sonhar. Sonhar com um futuro onde todos conheçam a tudo e tudo seja de conhecimento de todos.
Um sonho impossível felizmente, pois ninguém sabe tudo nem demais, apenas o suficiente pois ao sabermos tudo o que deveríamos a vida não teria sentido, nem sentimentos, seria uma vida sem graça, sem vida, algo que nos deixariam frustrados, pelo fato de sabermos que saberíamos tudo mas que falta algo que ainda não sabemos.

O principio.

Esse foi meu primeiro poema...
Devo admitir que é bem piegas... Mas por ser o primeiro, acho que merece o credito! (risos)

A Data dele é um mistério até mesmo pra mim... (mais risos)
Uma frase são apenas palavras
Mas, se ditas na hora certo,
No momento certo, 
Deixam de ser palavras
E se transformam...
Em um gesto, o abraço
Um desejo, o beijo
Dois corpos, um só
A hora é agora,
O momento é agora.
EU TE AMO.

Bem Vindos!

Ola!
Eu cadastrei o nome desse blog já faz algum tempo... 
Mas ainda não me sentia em condições de inaugura-lo. Na verdade ainda não me sinto, mas um dia eu teria que fazer isso não é?

Não há um tema central sobre o qual abordarei aqui... Falarei sobre musicas,  teatro, cotidiano, sentimentos, ocasiões, pensamentos, ilusões... Enfim, como próprio nome já diz... Falarei DAS COISAS QUE NÃO ENTENDO...

Das coisas que não entendo e tampouco procuro respostas... pelo menos não aqui... quero deixar claro que o que colocarei aqui, são apenas minhas opiniões ou o modo de como vejo o mundo e encaro as situações... Não procuro provar nada, nem convencer ninguém... Apenas jogarei ideias ao vento... E compartilharei um pouco de mim com aqueles que por qualquer motivo, se proponham a ler aquilo que escrevo.

Devo dizer também que não me comprometo com uma rigorosidade no que diz respeito as postagens. Muitas vezes passarei dias, semanas ou até meses sem aparecer por aqui. Outras estarei  bombardeando a paginas de informações, pensamentos e conclusões.

Peço desculpas de antemão se por acaso venha a ferir valores alheios... Mas peço que entendam que é simplesmente o modo que a vida minhas experiências me proporcionaram ver o mundo e todas as coisas que nele habitam.

Sem mais...

Guto Rodrigues.